Hoje sobre a estrada, uma larga de muitas faixas e apinhada de carros em direcção à grande cidade, vi passar a voar, 3 pássaros negros, indiferentes à azafama de ser manhã de segunda-feira, o dia da semana em que nós os seres modernos, agarrados ao volante, de olhos no relógio a tentar parar o tempo sentimos maior ansiedade doentia, bem balanceada, claro está, com os nossos ódios de estimação, esperanças legitimas ou de paixões a mulheres alheias. Poisaram sem pudor sobre um pinheiro.
Um pinheiro manso, por si só anacrónico naquele local, intercepção de muito alcatrão negro, mas não tanto como as penas que vestem as 3 aves que poisadas não querem saber de mim, nem de todos os outros que me seguem ou pré-seguem.
Não sou especialista nem poeta, mas consigo reconhecer os corvos e só me vêm à cabeça a palavra Raven, génio mistério escrito por Poe e cantado por Parsons e sinto o rodopio do crescer de uma força de raiva que alimenta a minha fome de querer pensar e sentir de forma diferente dos outros a presença dos bichos.
Depois engoli em seco e tal menino comportado e conhecedor das regras básicas de boa condução lá segui em direcção à portagem, sem deixar de espreitar pelo canto do espelho para os corvos, que pareciam sorrir enquanto pensavam que lá vai mais um ser estranho sem asas, sem encanto nem negro mistério.
Ref. de Outrem: The Raven por Edgar Allan Poe: http://www.ojai.net/swanson/theraven.htm
Alan Parsons Project-The Raven Tales of Mistery and Imagination
Um pinheiro manso, por si só anacrónico naquele local, intercepção de muito alcatrão negro, mas não tanto como as penas que vestem as 3 aves que poisadas não querem saber de mim, nem de todos os outros que me seguem ou pré-seguem.
Não sou especialista nem poeta, mas consigo reconhecer os corvos e só me vêm à cabeça a palavra Raven, génio mistério escrito por Poe e cantado por Parsons e sinto o rodopio do crescer de uma força de raiva que alimenta a minha fome de querer pensar e sentir de forma diferente dos outros a presença dos bichos.
Depois engoli em seco e tal menino comportado e conhecedor das regras básicas de boa condução lá segui em direcção à portagem, sem deixar de espreitar pelo canto do espelho para os corvos, que pareciam sorrir enquanto pensavam que lá vai mais um ser estranho sem asas, sem encanto nem negro mistério.
Ref. de Outrem: The Raven por Edgar Allan Poe: http://www.ojai.net/swanson/theraven.htm
Alan Parsons Project-The Raven Tales of Mistery and Imagination