segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Musicalidades com condimento #13


A morte leva sempre demasiado cedo os génios…

Uma sentida homenagem a duas importantes referências na minha vida:
Freddie Mercury (Stone Town, 5 de setembro de 1946 — Londres, 24 de novembro de 1991)
Jim Henson (Greenville, Mississippi, 24 de setembro de 1936 – Nova Iorque, 16 de maio de 1990).


The Muppets - Bohemian Rhapsody

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Musicalidades com condimento #12

Retorno a um tempo em que o Mundo acreditava num Mundo que podia ser melhor e em que éramos ingénuos nas nossas crenças e na nossa forma de vestir a vida…


The sugar hill gang - Rapper's delight

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Diário de um louco impoluto – Dia 18


Estamos nus de joelhos sentados no chão. Uma garrafa que já esteve cheia no inicio da noite e apenas um copo entre os corpos nus sentados sobre os joelhos no chão. Beijo-lhe os lábios e pauso-me na humidade que lhe enche os olhos. Apenas um copo tão pequeno que se consegue ocultar na palma de uma mão. Apenas um copo agora vazio de humidade e que encho pausado nos seus olhos que me bebem de desejo e sem a deixar de olhar bebo de um trago, bebo sem o beber do engolir e retenho o liquido que me arde dentro da boca e permito que o fogo do álcool me adormeça a língua e sinto que me seca a saliva como um rio seca uma gota de chuva.

Colo os meus lábios aos seus e controlo um fio de fogo fluido que se escorre entre as bocas, o destilado ganha na transferência cambiantes adocicados pela adição do meu sabor e pauso pausado nos seus olhos para que o possa engolir e repito o beijo de fogo fluído até deixar apenas na boca aquele que sei ser o meu quinhão e engulo-o. Estamos nus de joelhos sentados no chão com os braços entrelaçados em abraço e sinto o seu peito perdido no meu e percorro-lhes as costas apenas com a suavidade das impressões dos dedos, como se maior pressão a pudesse esmagar. Beijamo-nos agora sem o fogo fluido mas com o fogo da paixão e não há tesão física entorpecida pelo efeito do álcool, apenas tesão emocional que bebemos dos lábios um do outro.

Volto a encher o copo e volto a vazá-lo de um trago e evito os seus lábios que se procuram insinuar nos meus, volto a pausar-me nos seus olhos e digo-lhe com os meus que espere, percorro com o liquido toda a boca, deixo que me expanda a carne e os sentidos, que me entonteça a língua e por fim mergulho os lábios em bico na sua boca e liberto o fogo que a faz engasgar e sinto o pulsar do seu corpo e o ar que lhe sai com aromas de inebriar e engulo o que me resta e sufoco-a com um novo beijo e acabamos a rir de lágrimas nos olhos antes do abraço doce do consolo.

Já não há liquido na garrafa e o copo já não está entre os nossos corpos nus e rolou para longe dos joelhos sentados no chão e estamos com as testas coladas e os olhos desfocados e pausados um no outro, vazios e cheios de significado as minhas mãos acariciam o seu peito e as suas acariciam-me o sexo tão adormecido como a minha língua, mas ambos sabemos que hoje o nosso sexo não terá penetração, fodemos com os sentidos ampliados ou alterados, fodemos ou amamos e neste instante não faz qualquer diferença, sentimo-nos completamente um do outro, dois corpos nus apartados por um espaço que já não existe.

Um de nós pega na garrafa e tenta encontrar um resto de bebida sacudindo-a sobre o copo que não sei como voltou a estar entre nós de joelhos sentados no chão e o outro ri-se, não sei qual de nós sacode a garrafa nem qual de nós se ri mas sei que um de nós beijou o outro com os lábios bem abertos e sem língua e lembro-me de pensar que é difícil beijar sem língua e que um bom beijo não tem sempre que ter língua. Depois olhou para a foto da criança que brincava e começou a chorar e eu quis beber as suas lágrimas como se assim conseguisse secar a sua fonte e voltar a tê-la só para mim.

Tudo se move em movimento lento mas gira em redor destes corpos que já não conseguem perceber que já não estão de joelhos sentados no chão e começamos a dizer coisas um ao outro que não queremos dizer e calamo-nos um ao outro com beijos que acabam por nos reduzir a dois corpos que respiram e que suspiram e que se adormecem nos braços um do outro com a esperança que o dia amanheça sem lembrança e sem ressaca ou pelo menos sem arrependimento.


Pink Martini- Kikuchiyo To Mohshimasu

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Musicalidades com condimento #11

Sem mais palavras …



Bodyrockers - I like the way you move

domingo, 15 de novembro de 2009

Diário de um louco impoluto – Dia 17


Hoje pela primeira vez em muito tempo não senti um sufoco sem explicação. Cantarolei uma música sem destino enquanto tomava um duche, fiz ou desfiz a barba sem desprezar a imagem reflectida no espelho e apreciei o que comi antes de acender um cigarro. Fumei sentado a olhar o fumo e a cada chupão observo o incandescer laranja de fogo que me consome um pouco mais de tempo e penso que consumi a minha vida passada como um cigarro fumado à pressa sem apreciar o seu prazer e o seu passar, apenas pelo vício e pela necessidade física de a consumir.

Não me lembro porque comecei a fumar, um dia como muitos experimentei e não me lembro porque não gostei mas sei que não gostei e por isso voltei a experimentar e não gostei um pouco menos e continuei a experimentar até deixar de não gostar. Um dia como muitos passou a fazer parte da minha rotina consumir fumo, queimar folhas secas enroladas em folhas de papel que transformo em cinza. De cada cigarro que fumo resta uma ponta alaranjada que me deverá proteger de algo que não entendo bem e um monte de cinza sem valor e o fumo que fiz passar por mim e que se dissipa deixando ainda um cheiro que não gosto.

Cada vez mais fumo de uma forma egoísta, um acto privado de satisfação de vício. Porque não gosto do cheiro que resta no ar de um cigarro consumido não entendo o acto social de fumar em grupo e fujo do fumo dos outros para me esconder no meu. Não sei se perdi amigos por fumar ou por não fumar mas fui acabando sozinho acompanhado por um cigarro e depois outro porque parece que haverá sempre mais um cigarro que se pode acender num acto antecipado de necessidade e que depois se vai diminuindo em fogo laranja incandescente até restar uma ponta alaranjada que me sobra e me falta de entendimento.

Vêm-me sempre à boca o primeiro cigarro da manhã. Faz-me tossir de forma violenta como se o meu corpo quisesse expulsar aquele veneno volátil ou dar-me um aviso que estou a persistir num erro, persisto em ignorá-lo, mergulho na crença de que evitamos a ressaca continuando a beber e que não fumo o suficiente para tornar os danos irreversíveis e que um dia irei parar e todo o mal não passará de cinza inútil de um cigarro que se consumiu num tempo que ficou para trás. Resisto a acender mais um cigarro porque o fumo irá deixar ainda um cheiro que não gosto nesta casa onde necessariamente terei que dormir esta noite e saio para a rua.

Saí para a rua e deixei de resistir e acendo mais um cigarro isolado numa esquina entre caminhos que me podem levar a uma vida de cigarros já consumidos ou a outra vida que me traga cigarros que consiga fumar sem desperdício de cinza e fumo e pontas de cor alaranjada. Estou parado numa esquina, só com o meu cigarro e sem a ouvir a primeira vez ouço-a repetir: “Dás-me lume?”. Viro-me e ela está ali na minha frente também de cigarro entre as mãos e a boca com um meio sorriso nos lábios: “Não te importas de me dar lume?”. O cabelo já não é amarelo mas feito de muitos dourados e castanhos e sorri com olhar traquinas ou travesso e sinto-me confuso porque nunca os soube distinguir nos olhos de uma mulher.

Faço brotar a chama da ponta do isqueiro que treme soprada por um vento que não consigo ver e a extingue. Volto a insistir e a chama resiste uns segundos mas não o suficiente para conseguir contaminar de fogo a ponta do cigarro e sinto que me sente a insegurança e aproxima o rosto das minhas mãos que protegem agora o fogo e reparo no fumo que se enrola por entre os dedos e sobe ao céu em espirais. Continua a sorrir enquanto dá baforadas curtas com o cigarro que mal lhe toca os lábios vermelhos que eu imagino de fogo puro e mais quentes que a chama laranja que se vai reduzindo a cinza. Continua a sorrir e toca-me o rosto e beija-me suavemente a face sussurrando um obrigado e afasta-se e eu fico ali parado a ver aquele corpo afastar-se e eu fico ali parado apenas com um isqueiro nas mãos e eu fico ali parado a sentir um odor de perfume doce que me deixa ali parado sem saber bem o que fazer e sem o saber acendo mais um cigarro.


Pink Floyd - Have a Cigar

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Musicalidades com condimento #10

Não devemos perder a vida numa oportunidade nem a oportunidade numa vida…


Pink Martini -Hey Eugene

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Noutras andanças

Um toque de génio e uma vénia de admiração: “and now for something completly different”



Monty Python - The Funniest Joke In The World

domingo, 8 de novembro de 2009

Musicalidades com condimento #9

Não bastaria sorrir…?!?



Reamonn-Tonight

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Musicalidades com condimento #8

Nem sempre os anjos têm asas brancas…


Angel Randy Crawford & Joe Sample - Angel

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Musicalidades com condimento #7

As cadelas ladram…


Rolling Stones - You Can't Always Get What You Want

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Musicalidades com condimento #6

…And so it begins…


Diana Krall, Elvis Costello & Willie Nelson - Crazy