Este blog um dia destes vai fazer dois anos e quem por aqui passa e não vai apenas passando já terá reparado que tenho postado menos, andado mais ausente destas e de outras paragens virtuais. Não posso dizer que é desencanto, nem que o que me motivava há um ano atrás me deixou de motivar, mas na realidade a minha vida mudou radicalmente neste último ano, nem tudo foram rosas e nem tudo foram ainda prosas mas os espinhos também não foram mais do que arranhões e comichões, coisas que incomodam mas que não deixam marcas, coisas que o tempo tornarão insignificantes.
Posso dizer que dentro dos muitos tipos de blogs que por aí pululam este é um que mostra a música que me apetece ouvir e a minha criatividade na manipulação das palavras em formar coisas escritas. Já tive por aqui quem me dissesse que tinha jeito para escrever, já tive por aqui gente que disse que eu não percebo nada disto mas tenho a mania que percebo e gente que nem se rala se eu escrevo bem ou mal mas que gosta ou se diverte ou se acalenta com o que lê por aqui. Na realidade eu, acima de todos os que por aqui passam, gosto do que escrevo e de como escrevo, eu sou o meu maior critico e apreciador e por isso tenho postado menos, porque agora ao contrário do que acontecia há um ano atrás já não encho chouriços, escrevo quando sinto vontade e necessidade escrever e o que sai me dá prazer de ler.
Tenho lido alguns dos blogs que por aí pululam e há por aí alguns muito bons e de gente que tenho que reconhecer que escreve bem e que até me deixam com uma pontinha grande de inveja, muitos estão ali ao lado evidenciados mas há outros que por vezes espreito e que não consigo perceber o que leva a achar quem escreve e quem lê que vale a pena continuar. Não vou dar exemplos, mas desgosto sobretudo dos que semeiam palavras caras e com muitas sílabas e de preferência completamente desconhecidas do comum dos leitores, há que impressionar pela evidência da sabedoria do escritor sobre a ignorância do leitor, porque quem não consegue perceber a beleza da veste do rei que vai nu ou é muito burro ou para lá caminha.
Gostava de saber escrever como escrevem os grandes escritores. Os textos que me dão mais prazer de ler foram invariavelmente escritos por mim num frenesim em minutos e sem mudar uma única palavra, como num transe criativo. Eu acho que o que me separa dos grandes escritores é que eu apenas consigo ter transes criativos de curta duração e que estes os conseguem manter no tempo que intervala o era uma vez e o fim. Que raio de merda esta de não ser mais do que um gago criativo…
Pearl Jam- Just Breathe