sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Privilégio do Disparate – (IN)Mundanismos [6] – O ser estranho que é a mulher


Aqui há dias surgiu-me uma epifania e este não é o nome esquisito de nenhuma miúda gira que me pediu amizade no facebook até porque eu ainda não tenho conta naquilo embora esteja sinceramente a pensar ter porque ao que parece a coisa tem interesse para lá de plantar batatas e assumi de uma vez por todas que não entendo, nunca irei entender e nem sei se quero mesmo entender as mulheres.

Pensava eu na minha ingenuidade de homem pouco vivido que o amor que uma mulher sente por um homem poderia morrer como morrem todos os bichos subitamente ou por doença prolongada ou todas as plantas por falta ou excesso de rega, mas não, o amor que uma mulher sente por um homem é eterno e quando supostamente ela diz a todas as amigas ou a quem tiver a paciência de a ouvir que acabou tudo, na realidade o que acontece é que o amor se transforma numa outra forma de amar, que a mulher confunde por vezes com ódio mas que continua a ser amor daquele que a leva a não pensar noutra coisa do que no ser amado ou a querer estar no mesmo espaço do ser amado e a não falar noutra coisa com as amigas do que do ser amado independentemente de falar mal e porcamente, não deixa de falar.

Um homem quando deixa de amar uma mulher ou vira desgraçadinho, alcoólico, toxicodependente ou cliente de psicanalista ou parte para outra e tenta compensar a falta de amar com excesso de sexo mas nunca, de forma alguma quer voltar a estar no mesmo espaço físico que a ex amada ou a contacta por tudo e por nada ou se penteia e veste umas calças novas e sapatos engraxados na esperança de a encontrar na paragem do autocarro. A mulher não, se amou ganhou o direito de ser chata de ser inoportuna de ser melga de ser doentia na obsessão de continuar a viver na orbita do ser amado.

Aquela história que conta que todas as mulher tem a capacidade de transformar um qualquer sapo num príncipe é uma das maiores fraudes que impingem às criancinhas logo desde pequeninas, porque a verdade diz exactamente o contrário, toda a mulher consegue com a maior das facilidades transformar o seu príncipe encantando que tanto amou num sapo desprezível e baboso e no entanto, embora o consiga trocar com supostas vantagens por um pepino cor de beterraba com a mais valia de ainda por cima não ressonar, nunca o deixa de amar nem que seja por pena ou por ódio.


Regina Spektor - Fidelity

13 comentários:

Pronúncia disse...

Não concordo nada com esta tua análise.

Pelo menos eu não me revejo minimamente nela.
Aos homens que amei e deixei de amar apenas desejo que continuem a sua vida e sejam felizes... que é o que espero para mim também!

...:Ju:...® disse...

Acho que é verdade...até certo ponto.
O que nós* queremos mesmo é que vocês digam "i've been such a fool" e nós possamos responder "UM GRANDESSISSIMO ESTUPIDO QUERES TU DIZER?!". E eles darem razão e lhes doer nem q seja um bocadinho aquilo que doeu a nós. E já está. E depois disso vem a parte do desejar que sejam felizes e continuem a sua vida... :)

*ler "eu" ;)

Random Blogger disse...

fiquei um bocadinho confusa na parte do homem...

LBJ disse...

Tí Pronúncia,

Nem eu esperava que concordasses aliás até ficaria um pouco desapontado contigo se concordasses. Agora que já dei graxa despe lá a camisola e reconhece que é um bocadinho assim, as mulheres tem uma dificuldade enorme em simplificar e deixar seguir sem pelo menos fazer uma pontinha de drama, nem que demore o tempo de uma lágrima ou duas. :)

Bêjos

Pronúncia disse...

LBJ, não consigo fazer drama de um relacionamento que acaba.

Se sofro quando acaba?! Claro que sim. Mas penso que os homens também sofrem quando um relacionamento acaba, não?!

Como eu digo muitas vezes "é preciso fazer o luto e depois seguir em frente"... a vida é demasiado curta para se perder tempo com o que acabou porque tinha que acabar.

Bêjos

LBJ disse...

...:Ju:...®

Bem vinda :)

Que nick complicado, tive que copiar e pastar para sair bem :)

Claro que somos estúpidos, faz parte da condição masculina… às vezes deixamos de ser tão estúpidos porque o amor acaba ou somos mais estúpidos porque o deixamos acabar, never the less…

Volta sempre que eu gosto de te ver por cá e no entretanto sigo o teu sábio conselho e vou tentar ser feliz e continuar com a vida :)

Beijos

LBJ disse...

Corset,

Eu também fiquei e depois de ler outra vez ainda mais :) É o que dá escrever com a ponta dos dedos sem correcção. Ora vamos lá à versão comentada… Não preciso de te explicar que essa treta do homem ser o sexo forte é mesmo treta e que nem sempre sai de crista erguida do fim de uma relação, mas de uma forma geral o homem é mais prático e ou se dedica a praticar a sua própria destruição, já agora tirando algum prazer nisso ou segue em frente compensando com quantidade o que já não pode ter, na sua ideia passageira, em qualidade… E normalmente passa-lhe relativamente depressa :)

Beijos

LBJ disse...

Tí Pronúncia,

Tu queres é que eu te dê graxa :) Mas pronto… ò grande mulher do norte, claro que tens razão.

Já alguma vez te disse que tenho o carpir curto? ;)

Bêjos

Nuno Amado disse...

Uma vezes é como dizes, outras nem por isso...
Eu prefiro as "nem por isso". Para desgraça já basta o fim de um relacionamento que se pretendia duradouro, mas se no fim ainda se trocam "mimos" a desgraceira é total!

Cirrus disse...

Eh pá, não descobriste a pólvora, mas já entendes. Não um dos segredos do Universo, mas uma das suas consequências. É o chamado ataque das lapas.

Mag disse...

Hum... acho que isso depende da maturidade emocional (da mulher e do homem, que já conheci carpideiros como os que descreves de ambos os sexos).

Já tive crises dessas, como já terminei relacionamentos sem pretender voltar a ter qualquer contacto com a pessoa, não porque a odeie (ou ame), mas sim porque o luto, como dizes, pressupõe um detachment... que tem obrigatoriamente de ser feito. (não suporto aquelas "colas" que não sabem largar o osso).

Quanto a sapos e príncipes, gostos não se discutem... mas eu cá sou mais pelos homens reais com pêlos nas pernas :)

dyphia disse...

estou preocupada neste momento... mto preocupada...

em primeiro lugar,

OLÁ!

em segundo lugar, vamos la tentar perceber esta teoria.

um dia acreditei que jamais seria capaz de deixar de amar um homem. homem que por sua vez me fazia mal, em resumo era um mau carma.
mas acreditei com todas as forças que o amava, que jamais seria capaz de o deixar de amar. gritei para quem me quis ouvir que jamais deixaria entrar outra pessoa na minha vida, pois era impossivel deixar de amar aquela. defendia que só se ama uma unica vez na vida e aquela era a minha. cheguei a dize-lo ao homem que verdadeiramente amo e que me faz verdadeiramente feliz e realizada como mulher.

agora até me dá vontade de rir enquanto escrevo isto. nao deixei de acreditar que só se ama uma vez de verdade, simplesmente aprendi o que é verdadeiramente amar. E amar não implica sofrimento, nem dá vontade de cortar os pulsos a cada segundo. Amar é outra coisa... é a melhor sensação do mundo... n aprisiona, pelo contrario liberta, não fere, cura, n dá lagrimas mas sorrisos.

um dia acreditei que o amava, mas afinal simplesmente gostava dele. não falo mal dele, nem tão pouco desejo estar no mesmo espaço fisico que ele, apesar de ele fazer um esforço p estar no meu, mas que eu evito, mesmo qd ele se dá ao trabalho de vir cá a casa eu mando sempre dizer que não estou. pensei algumas vezes em voltar ao tempo em que eramos simplesmente amigos, mas depois percebi que não faria muito sentido. Como tal prefiro cortar todo o tipo de contacto e simplesmente desejar-lhe toda a felicidade do mundo...

lbj, tendo despejado aqui a minha experiencia, não consigo rever-me na tua teoria... andas a basear as tuas teorias em pessoas mto esquisitas ;)

beijocas

Ana GG disse...

Não concordo!!!!!

Estás a generalizar uma situação pessoal. O que descreves poderá, ou não, acontecer com ambos os géneros.