sábado, 31 de outubro de 2009

Musicalidades com condimento #5

Rebusco memórias num tempo que ainda era feito de sonho…


Scritti Politti - The Sweetest Girl

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Musicalidades com condimento #4

Um dia este dia amanhecerá finalmente…


Sérgio Godinho - O Primeiro Dia

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Musicalidades com condimento #3

Vou-me interceptando entre as certezas e outras dúvidas…


Pablo Milanés & Simone - Yolanda

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Musicalidades com condimento #2

O silêncio sempre irá prevalecer sobre o ódio…


Uma das minhas músicas favoritas com vários sabores: Thelonious Sphere Monk – Round Midnight


Thelonious Monk Quartet


Hermeto Pascoal


Amy Winehouse


Dizzy Gillespie


Ella Fitzgerald


Miles Davis Quintet


Chick Corea


Herbie Hancock


Sarah Vaughan


Cassandra Wilson


Linda Ronstadt


Joe Jackson


Gotan Project & Chet Baker


Baden Powell

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Musicalidades com condimento #1

Às vezes sabe bem parar o tempo...

Suster a respiração...

Apenas ouvir um coração a bater...

Desejo inconscientemente que não seja o meu…



Concha Buika & Javier Limón - Volver, volver

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Até já


Quem me visita sabe que não costumo falar por aqui dos meus problemas pessoais, apenas salpico alguns textos com o meu estado de espírito do momento.

Agora cheguei a um ponto na minha vida onde tenho mesmo que me recolher para dentro de mim próprio, não para gládio de quem me quer mal, mas que se preocupe porque me estou a preparar para a enfrentar e não tenho por hábito perder batalhas sem me bater até ao limite das minhas forças.

Vou ali por umas semanas e volto já e por isso não irei publicar mais nenhum texto este mês e entregarei a gestão deste blog ao Puck que sei que irá continuar a escrever no Little Rob G e no Midsummer Night Dream, também não visitarei os vosso blogs nem vos irei comentar e peço desculpa por isso, mas prometo que porei a escrita em dia quando regressar.

Sei que tenho por aí amigos verdadeiros que ficarão preocupados quando lerem estas palavras e por isso vos deixo um abraço e um beijo e este desenho magnífico que a minha amiga Jane fez de propósito para este post:




Vasculhei a memória e encontrei uma das minhas músicas favoritas da minha juventude e que vem mesmo a jeito para dedicar à puta da minha vida.

Até já…


The Flying Lizards - Money

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Paralelos perpendiculares

Projecto intimidades em som por aqui e palavras por ali:


Holly Throsby - Now I love Someone

domingo, 11 de outubro de 2009

Flutuando por aí

Aos que me visitam ausentei-me para parte certa mas prometo voltar em breve e hoje estou assim entre mim e um mundo mais suave e sereno e abstraído da pressão do tempo e às vezes sabe bem este simples nada.


O que posso oferecer para quem perdeu tempo a aqui vir é apenas deixar um convite para dançar…



Black Eyed Peas-I gotta feeling

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O Privilégio do Disparate – décimo primeiro foi o verbo auxiliar educativo e marsupiais de saco cheio com laivos de sabedoria inodora

É nestes textos que me sinto mais à vontade, onde não preciso de pausar a escrita para escolher palavras e sigo por aí fora sem receios de que o resultado não seja o que no inicio esperava porque na realidade nada espero quando normalmente escrevo estas coisas. Hoje é uma excepção porque este privilégio tem objectivos o que é uma chatice porque não me posso perder nas palavras e por muito que me estenda, algures terei que voltar para trás e ir na direcção certa que é a resposta a um desafio da Tí Pronúncia que me fez já há algum tempo para dizer a que coisas estenderia de mão erguida um cartão vermelho.

Podia aqui falar de muita coisa que passasse por tanta coisa que vai mal neste mundo mas isso seria fora do âmbito do âmbito deste privilégio que é poder disparatar impunemente e por isso vou falar de estender cartões vermelhos a outras coisas que me irritam e que me levam a disparatar. Comecemos pela hipocrisia que me irrita solenemente e já me acusaram de ser hipócrita o que me irrita solenemente porque normalmente quem me acusa está a ser hipócrita mesmo sem o saber ou pior sabendo que o é e depois podia também falar de moralismos bacocos, detesto aquelas pessoas que se escondem atrás de figuras de barro mal pintadas e paternalismos de quem se acha sabedor da verdadeira verdade e atitudes sarcásticas que visam apenas ferir sem querer ensinar pelo caminho da ironia e de mentiras sem fins lucrativos para a comunidade e espertezas saloias que se topam até pelo cheiro e da falta de lealdade, porque a traição nunca poderá ser desculpável por razão alguma e das amizades de ocasião que para mim só fazem o ladrão e por fim dos sentimentos miseráveis que fazem o ser humano por vezes tão pequenino.

Ora contem lá se não foram dez cartões vermelhos rubros como o sangue que caracteriza a raiva e eu consigo ter raiva destas coisas porque não tenho problema em me afirmar como um bom cabrão para quem me tira do sério e sou a melhor pessoa do mundo para se ter como amigo e a pior pessoa do mundo para se ter como inimigo e a boa notícia é que por aqui na blogoesfera fiz sobretudo amigos e esses foram ficando e deixando de quando em vez uma palavra de carinho ou um abraço ou um empurrão na direcção certa.

Resta-me agradecer ainda uns prémios que alguns amigos de que falei acharam disparatadamente que este blog merecia e cá estou eu com o privilégio de lhes poder agradecer essa plena forma de amizade. E é nem um prémio nem dois mas três que tenho o privilégio de aqui expor e agradecer.

O primeiro veio da Tí Pronúncia que para quem não sabe é uma grande Mulher do norte, sabedora das coisas e uma amiga antiga por quem tenho um carinho enorme.


O segundo veio da Teresa que é alguém com quem tive o prazer de partilhar um momento que sei ter sido especial para ela e que foi o lançamento do seu livro e que passe a publicidade merece que o procurem nas bancas e se não o encontrarem sempre lhe podem pedir para vos vender um exemplar, o meu está autografado e não o cedo, é meu.


O terceiro veio de uma amiga muito especial, uma grande contadora de histórias e um poço de sabedoria diversa e uma pessoa com uma alegria de viver contagiante e a melhor das companhias para se ter num dia difícil.

Mandam as regras que agora nomeie outros blogs que mereçam os dois primeiros prémios, porque sei que o terceiro a ST gosta de ser ela a atribui-lo, mas alguns já os terão e por isso a todos os que fazem parte da minha lista de sítios por onde posso andar escolham lá um prémio que ainda não tenham e levem-no para o vosso cantinho como prova do meu carinho.




Bee Gees - I Started a Joke

domingo, 4 de outubro de 2009

Pausa para chocolate abolachado


Conforme anunciado o meu louco chegou ao fim da primeira série que teve 16 dias impolutos e 16 porque é um número divisível muitas vezes e porque me simboliza códigos tecnológicos e outras tretas do género que não tem qualquer importância mas que me dão um ar de sabedoria avulsa.

Convêm referir que estes textos são ficção, aquela ficção que eu gosto de dizer que é cozinhada e condimentada com artifícios de realidade. Nesta série introduzi 3 personagens, um homem e 2 mulheres que se irão relacionar nos textos seguintes e nada tenho previsto, a história irá desenrolar-se de acordo com o que me vier a apetecer.

Para quem não reparou estes textos tem apenas referências vagas, não existe cenário, nem idades, nem nomes e isso irá manter-se. O homem é alguém que manifesta de forma explícita o seu descontentamento e que quer ter mais do que a vida já lhe deu e acredita que isso o está a levar a um estado de loucura que o ajuda a enfrentar as suas dúvidas e das mulheres de uma apenas temos uma imagem vaga e quase nenhuma presença nesta série e da outra sabemos que se acomodou com a vida que lhe foi parca de realização e contentamento.

Os textos podem agora ser lidos em sequência e aqui vai uma ajudinha:
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 7 Dia 8
Dia 9 Dia 10 Dia 11 Dia 12 Dia 13 Dia 14 Dia 15 Dia 16

Gostaria de ter a vossa impressão imaginando que estão a ler as 16 primeiras páginas de um livro.

Esta pausa do meu louco irá durar um par de semanas e no entretanto vou tentar escrever uns textos que tenho adiados e alguns outros privilégios e a pedido de alguns de vós vou fazer um inquisitório e ceder às pressões do Puck, que para quem não sabe é um bicho pequenino e embirrento com quem partilho o blog e fiz um acordo com ele que passa por ele não me chatear por uns tempos e eu ajudá-lo a criar um blog só para ele fazendo publicidade no meu. Esse blog vai funcionar como uma adenda deste e contar uma história diferente, levantando um bocadinho do véu e só deixando ver o dedão do pé, o blog vai chamar-se Little Rob G e digam lá se o bicho não é invejoso?



Freddie Mercury - The Great Pretender

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Diário de um louco impoluto – Dia 16



Senti um impulso para parar pelo caminho e entrar numa florista e comprei umas flores, sabia o que queria e escolhi rapidamente de forma simples e sem composição de ramo, apenas flores sem artifícios e puras na sua beleza de flor. Estacionei o carro, saí e toquei à campainha sem certezas de me anunciar para uma casa vazia e estranhei o alívio de ouvir a porta abrir-se. Subi os degraus em saltos longos a dois e dois e ela esperava-me ao cimo das escadas com surpresa por me ver ali, sem nada mais beijei-a carinhosamente nos lábios e entreguei-lhe as flores. Sete rosas vermelhas e um antúrio, recebeu-as nas mãos com um sorriso sincero e perguntou-me o porquê das flores.

As flores por si só porque sim e porque acreditava no prazer de eu as dar e dela as receber e aquelas porque me significavam… As sete rosas pela paixão do número e pela paixão que a ela me transportavam. Ao sétimo dia a possuíra e sete são as virtudes que devem ser recompensadas que nela reconhecia e sete são os pecados que sei ter cometido que quero que me perdoe e sete são os pontos do seu corpo que a ela me prendem, os olhos, a boca, os seios e tapou-me a boca com um beijo e mandou-me parar de dizer asneiras. Quando recuperei o ar continuei com o meu discurso e disse-lhe ainda que sete eram as cores do arco-íris que vira reflectidas nas lágrimas das suas dúvidas e que durante sete dias estaria a lua cheia pela nossa paixão no céu, voltou-me a beijar e disse-me que iria colocar as flores em água para que não morressem.

Voltou. Sentou-se a meu lado no sofá e disse-me que não teria muito tempo, tinha que ir trabalhar e que não esperava nada me ver ali e eu disse-lhe que a desejava e ela olhou-me fundo nos meu olhos e levantando-se dirigiu-se à estante e retirou uma moldura com uma foto de uma criança que sorria montada num triciclo e disse-me que aquele era o seu filho e o seu único amor e a sua única preocupação, que também me desejava mas que não queria, não podia por ele perder-se no caminho que encontrara na vida e que a mantinha fiel ao acordar e desperta ao adormecer. Quis dizer algo mas senti que o que dissesse só me afastaria e não disse nada e procurei os seus lábios que encontrei húmidos e doces e beijei-a.

Partilhámos os nossos corpos, saciamos a nossa fome de desejo e a nossa sede de paixão e senti que agora naquele instante não havia culpas nem receio de arrependimentos mas que elas viriam mais tarde e eu não queria que viessem mas não sabia como as evitar, como exorcizar as dúvidas que nos assombram quando já sofremos as partidas da vida e que papel podia ter aquela mulher no meu projecto de loucura. Interrompeu-me os pensamentos com o olhar no relógio e disse-me que tínhamos que nos vestir e que tinha mesmo que sair e ir trabalhar e perguntou-me se não devia também de estar a trabalhar e eu disse-lhe que não, que hoje não iria trabalhar e que provavelmente não voltaria ao meu emprego e limitou-se a mirar-me de uma forma inexpressiva que me gelou, porque não me condenava nem me louvava.

Na despedida perguntou-me o porquê do antúrio e eu sorri e disse-lhe que o colocasse no meio das rosas e que esperava que enquanto se mantivesse viçoso a fizesse lembrar-se de mim…


Confesso que roubei informação bibliográfica descaradamente à minha amiga Ti Pronúncia aqui mas sei que ela é uma alma generosa e não se importa…

Alannah Miles-Black Velvet