e o Januário acabou a ir pelos ares…
…E aterrou estatelado no solo com todas as penas em desalinho meio tonto senão tonto de todo sem perceber o que se tinha passado, o pato ria a bandeiras despregadas com o bico tão aberto que parecia que só tinha bico e a vaca de pernas bem escancaradas e rabo no chão esfregava a genitália na relva e gritava de aflição. Januário que podia lá ter a mania que era galo mas no fundo era boa ave, levantou-se a correr em direcção à vaca para lhe perguntar: “magoei-te querida? Fui muito bruto?” o que ainda fez com que o pato mais se desmanchasse, tanto que quase só faltava cobri-lo de arroz e levar ao forno. A cena era realmente digna de um bom realizador Italiano daqueles que é pecado dizer que não se percebe patavina o que querem dizer, a vaca que se esfregava com ar doloroso, o pato que se rebolava de asa na barriga a grasnar risadas e o pobre do Januário galo de boa criação aflito com a donzela em sofrimento.
No fim tudo se acalmou e a Vaca que até tinha nome mas que o guardava só para si porque na vida que levava gostava de o preservar a bem da família, lá se recompôs das pernas e depois de respirar fundo uma ou cinco vezes pediu desculpa ao galo porque não sabia o que se tinha passado e que nunca antes se tinha passado daquela forma e ambos se viraram para o pato como se à espera que dali, viesse a sabedoria que os esclarecesse e este quando reparou que só ele ainda achava graça à história de uma vaca quase entrar em dores de parto quando acirrada por um galo velho lá encolheu os ombros e disse ao galo que o melhor era irem beber um copo à tasca do Horácio porque pelos vistos a vaca era alérgica a cabidela. Ahhh, disseram vaca galo com alívio e o pato que era sacana como um macaco não pôde deixar de reparar na ironia do trocadilho.
O Horácio contrariamente ao que se podia por um momento pensar não era um cavalo mas um cão rafeiro que se dizia perdigueiro e que era dono de uma taberna ao fundo da terra no cruzamento da estrada que vinha debaixo com a outra que ia para cima. Animal vivido tinha sempre uma boa história para contar desde que não se fosse para o tasco fazer sala e sorriu quando viu entrar as aves, o pato que conhecia pelo nome de Alfonso ou lá o que era e o seu grande amigo Januário de que se lembrava desde o tempo de pinto, recebeu-os de patas abertas e logo perguntou o que queriam beber. Ficaram-se pelas cervejas porque estava calor e lhes apetecia leguminosas mas que estavam salgadas como tudo e atrás de um pires veio outro e passado um bom bocado já atafulhavam os bicos de gargalhadas e cascas de tremoço e a mesa composta com canecas alinhadas pelas asas.
O Horácio ao vê-los tão animados foi-se chegando e num sussurro disse-lhes que tinha uma coisa para contar mas que só sobre juras de segredo daquelas inquebráveis sob pena de lhes cair todas as penas, lhes podia contar…
Madness - One Step Beyond
23 comentários:
Mau, queres ver que tenho de continuar a história?? Queres que o Horácio também afiambrou a vaca?!
Não sei porquê, mas esta tua fábula faz-me lembrar aquela linha da LEGO chamada Fabuland...
COntinua a não ser o meu tipo de texto, mas tudo bem!
Nova questão existencial: se a vaca era galdéria, porque lhe chamas tu donzela?
Bom Domingo! Sem beijos!
Pá, tão??? cadê o resto?????? não podes aliciar a malta e depois não lhe dar nova dose, páh!
Inda nãO??
Bem, eu gosto de fábulas...
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Cirrus,
Não, o Horácio não afiambrou a vaca, a história é outra, sempre te digo que o Horácio era embarcadiço… ;)
Abraço
Story,
Pois foi aí exactamente que me inspirei, já eras nascida? :)
Queres ver que agora as galdérias não podem ser respeitadas? Eu até te diria que gosto de galdérias mas posso ser mal interpretado. :D
Beijos Lambuzados à segunda-feira
Vani,
Aguenta aí um bocadinho que a história continua daqui a uns dias.
beijos
Vani,
Nope, só daqui a uns dias.
Beijos
Vani,
Eu também.
Exercício para a semana, relaciona cada pessoa que conheces com um bichinho de estimação, vais ver que ficas entretida por um bocadinho :D
Beijos
Anónimo,
Ahhhh, os fabulosos mistérios do mundo escondido do fazedor de dinheiro de chapéu preto, as histórias que eu podia contar sobre isso...
Esse pato já merece o arroz desde o princípio deste "Fabulando"...
:D
Claro que era nascida!
A linha Fabuland existiu entre 1979 e 1989 e era brutal!
Deixa-me partilhar um segredo contigo: sou completamente apaixonada pela LEGO!
A mim, Horácio faz-me lembrar o dinossauro cabeçudo lindo do Maurício de Souza.
:D
Oh páh, pá semana, o cacete!!
Tocá escrever!! Vá!!
Jove - cavalo ahahahahah!
Mana - leoa uhuuhuhuhuh
Mãe - escorpião ihihihihih
Pai - macaco uhuhuuh
pronto, já tá.
Tão??
Inda não??...
Uiiii, o Lego ihihih! as minhas primeiras casas de bonecas eram feitas de Lego! mobilia incluida!
Bongop,
Por acaso não gosto muito de arroz de pato, mas vamos ver o que se arranja ;)
Abraço
Story,
O que eu gostava da fabuland e desses tempos...
Claro que conheço o Horácio do Maurício de Souza, mas o trocadilho era com o namorado da Clarabela que é um cavalo mas isso claro que tu sabes.
Agora há um trocadilho tão óbvio que só o pato percebeu, procura lá...
Mais beijos lambuzados
Vani,
Pronto tá bem eu escrevo :P
Só conheço a mana e leoa parece-me bem :)
Beijos
Como não há duas sem três fico há espera do resto, também gosto do Lego. E prontos, não me alongo, pois tenho estado afastada algures entr o aqui e o ali, entere o hum e o que tá-se bem, portanto não tenho andado com espiríto para te chatear e não te quero mal habituado.
Agora tenho que ir ali para o lado do ai! ai! e já volto. beijinho.
PS: já não tenho tempo e lá te vou deixar com ideias de que eu ando para aqui a ver passar comboios: gostei do texto sobre os comboios, tem algo de Casablanca.
Cat,
O resto virá um dia como tudo o resto. Tu sabes que não me chateias.
Sabes que no Casablanca não há comboios, há aviões que chegam e que partem e há uma atmosfera que penso que foi o que te identificou com o meu texto, apanha o teu comboio ou se preferires o teu avião e vai lá para o lado do ai! ai! se lá te sentes bem.
Bjs
Pronto lá estás tu! claro que quando referi o Casablanca falava da atmosfera, do chapéu, do fumo, da aventura, nem se pode tentar elogiar-te, irra! devia ter mesmo ficado para o lado do ai!ai! porque isto por aqui é só corte. E com esta me vou.
Cat,
Lá estás tu a mal entender-me, relê o que te escrevi, eu não te fiz perguntas, eu disse exactamente o que tu agora me disseste e eu percebi o elogio. Não percebi foi essa dos cortes mas deixa lá estar que sempre foi uma expressão que me deixou muito pouco a desejar.
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